Existem alguns fenômenos surpresas na música pop. Como uma tsunami, que ninguém espera e, de repente, chega e arrasa tudo. O pós-adolescente Luan Santana surgiu assim. Talvez o leitor mais adulto ainda não tenha ouvido falar dele. Mas será maioria os que se surpreenderam sabendo do novo ídolo juvenil já superstar: causando histeria nas fãs, fazendo megashows, para mega público. Já foram pelo menos dois top hits: Tô de cara e Meteoro (da paixão) que, lançados na internet, jogaram o jovem cantor e compositor nas graças do público jovem e infantil. Em poucas semanas, o vídeo de Meteoro atingiu a marca de 10 milhões de acesso no Youtube e fez com que Luan fosse muito executado nas rádios do país. Quanto mais tocava, mais shows fazia.
Da estreia nas festas de peão, com destaque para a de Barretos, conhecida por lançar os novos nomes do sertanejo pop, Luan passou a circular por todo país. No Recife, será o primeiro show. Quem observar a estrutura do músico circular pela cidade - ônibus, carreta e minivan, com adesivos do artista - terá uma ideia da super estrutura que foi se montando em paralelo ao aumento da sua popularidade. Um sucesso desse tamanho não se faz só de carisma ou talento. Tem leitor que nunca ouviu Luan (o que é bem difícil) mas, sobretudo se tiver filhos adolescentes, terá visto seu rosto nas lojas de material escolar. Suas fotos estampam figurinhas adesivas, estojos, cadernos e mochilas escolares. Afora esses produtos, licenciados com seu nome, ele também conquistou a mídia televisiva, as revistas de celebridade e as especializadas em música pop.
Luan, com tão pouca idade - 19 anos - já foi vítima de fococas (incluindo comentários sobre sua sexualidade) e já provou do gosto amargo da fama. Ao ponto de falar sobre transas com algumas fãs, após os shows, em plena entrevista do Domingão do Fausão. Coisas de quem já confunde os limites da superexposição. Tem gente que aposta que Luan não é tsunami, é, como diz sua própria música, meteoro. Ou seja, não durará tanto. Não é o que importa, nem o que parece. Luan é carismático, tem domínio no palco, toca, dança, canta e compõe.
Aos cinco anos ganhou um violão do pai e surpreendeu toda família cantando, com ritmo e afinação, músicas dos seus ídolos sertanejos. Nascido e criado em Campo Grande (MS), pode-se dizer que sua música tem base na tradição - da moda de viola, do chamado sertanejo - e flerta com o rock, o pop contemporâneo e o amor açucarado. Ou seja, uma vitamina com ingredientes que fazem crescer.
Fonte: Pernambuco.com
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